O nosso recurso mais precioso
A água doce é o nosso recurso mais precioso. Mas as condições meteorológicas extremas e o rápido crescimento das cidades significam que, se não tomarmos medidas para geri-la de forma mais ativa, pode também tornar-se mais escassa.
Todas as semanas, 1,5 milhões de pessoas mudam-se para as cidades. Até 2030, estima-se que haverão 41 cidades com mais de 10 milhões de habitantes. Estas áreas urbanas em rápido crescimento necessitam de grandes quantidades de água potável e, em muitos casos, extraem-na a partir de águas subterrâneas. Uma vez que as águas pluviais não conseguem impregnar-se no solo que foi cimentado ou urbanizado, isso significa que o solo debaixo de uma cidade vai encolhendo à medida que a água vai sendo extraída. É por isso que grandes cidades mundiais como Beijing, Jacarta e Cidade do México estão a afundar-se cerca de 10 cm todos os anos2.
Em simultâneo, as alterações climáticas estão a perturbar a pluviosidade, causando eventos de precipitação mais extremos em algumas regiões, criando ao mesmo tempo períodos de seca mais prolongados em outras. Durante a pluviosidade excepcionalmente forte, há ainda mais probabilidade de a chuva ser escoada do solo em vez de o impregnar, reduzindo ainda mais o ritmo de reabastecimento da água subterrânea - e deixando menos em reserva para os longos períodos em não há chuva.
Design urbanístico inteligente
Não podemos inverter esses impactos a curto prazo das alterações climáticas, tal como não conseguimos conter o fluxo de pessoas que se mudam para as cidades em busca de uma vida melhor. Mas podemos construir melhor as cidades. Um design urbanístico inteligente pode ajudar a garantir que a pluviosidade preciosa é capturada e não perdida e que os recursos hídricos podem ser cuidadosamente geridos. Dessa forma, as cidades podem ser mais resilientes e mais sustentáveis.